Ou como enfrentar um
morenopolitano no trânsito
[
Ficha técnica do carro ou automóvel (automobilis meckanikos): quadrirroda da família dos veículos automotores que vive na cidade e no campo, em ruas, avenidas, estradas, rodovias, trilhas etc., que se alimenta de gasolina, água, óleo, ar comprimido e, eventualmente, de alguns seres humanos desavisados. Tem hábitos gregários e habitualmente vive em vias e caminhos, garagens, parking lots e outros habitats cobertos ou não. Alguns, chamados de anfíbios, andam até sobre a água.
Ficha técnica do carro ou automóvel (automobilis meckanikos): quadrirroda da família dos veículos automotores que vive na cidade e no campo, em ruas, avenidas, estradas, rodovias, trilhas etc., que se alimenta de gasolina, água, óleo, ar comprimido e, eventualmente, de alguns seres humanos desavisados. Tem hábitos gregários e habitualmente vive em vias e caminhos, garagens, parking lots e outros habitats cobertos ou não. Alguns, chamados de anfíbios, andam até sobre a água.
Ser muito vigoroso, tem força
equivalente à de vários cavalos. Também é muito veloz: corre demais e, quando
mal conduzido em alta velocidade pode perder o controle e atacar motocicletas,
outros automóveis, postes, árvores, homens, mulheres e até crianças. É muito
fácil de ser conduzido, tanto que até macacos os pilotam. Mas, em geral, os
seres humanos têm muita dificuldade em guia-los, mesmo os menores, como o Renault
Twizy, um dos menores automóveis do mundo.
Campo Grande, urbe dominada
pelos morenopolitanos (homus
morenopolitanus), é uma cidade muito perigosa por conta disso: seus
habitantes têm uma enorme dificuldade para conduzir seus carros. A impressão que
da é de que todos (ou a maioria) sofrem de ataxia, moléstia que indica a falta
de coordenação muscular durante os movimentos voluntários, tais como caminhar
ou pegar objetos, fazer carícias, jogar porrinha e outras atividades menores.
Sinal de uma condição subjacente, ataxia pode afetar os movimentos do paciente,
sua voz, seus movimentos oculares, sua capacidade de engolir e até de fazer
sexo ou praticar o onanismo.
Para a maioria dos motoristas campo-grandenses
parece ser algo extremamente complexo para seus cérebros lentos pilotar um
automóvel. Esses condutores parecem não ter a menor noção de como cuidar e
conduzir um carro. Quem dirige pelas ruas da cidade logo pode notar carros das
mais diversas marcas e tamanhos com lanternas e faróis estragados, expelir
fumaça em excesso, conversões sem sinalização, pneus descalibrados e carecas,
rodas tortas, descargas ruidosas y mil
otras cositas más.
Na condução, a coisa é péssima:
primeira e bem pior, o condutor é incapaz de ler a sinalização de tráfego,
inclusive dos semáforos, que consiste apenas em acender e apagar luzes
coloridas; entrar a esquerda em vias de mão dupla, estacionar; utilizar espelhos
retrovisores; acionar os pedais do veículo, dar ré, escolher a melhor faixa de
tráfego pra colocar seu carro, usar sinalização sonora, também conhecida por
buzina ou cláxon, trocar pneus, sinalização com as mãos, acender luzes nos
momentos de baixa luminosidade, manter a faixa na hora da conversão,
compreender as rotatórias, etc. etc. e tal.
A cada dia que passa, os
veículos automotores são cada vez mais usados pelos seres humanos. O carro é
cada vez mais precedente: alguns automóveis modernos, por exemplo, se
autoconduzem —isto é, não necessitam de um motorista para conduzí-los. E ficam
cada vez mais auto-suficientes. O carro, por exemplo, carrega seu próprio
filtro; já o homem não pode correr e beber água filtrada simultaneamente
—aliás, o carro quando sai leva, além do filtro, as velas, escova, pistão,
luva, ventilador, mala, descarga, fluídos diversos e até mudança. E o homem?
Carrega no máximo um saquinho de supermercado ou uma pasta de documentos.
Mas se são um dos objetos
favoritos dos seres humanos, como foi dito lá em cima, os automóveis são
máquinas extremamente perigosas, notadamente quando estão sob o controle dos
campo-grandenses. E enfrentar um morenopolitano ao volante é uma ação muito
complexa e complicada, até porque os condutores de automóveis e outros veículos
pensam que estão sempre certos, com toda a razão. Parafraseando o ex-presidente
Lula da Silva, o motorista campo-grandense parece estar sempre dizendo: "duvido
que alguém neste país dirija um carro melhor do eu".
Se você é um desses poucos
motoristas que dirigem bem na cidade, tem uma solução muito prática e eficaz
pra enfrentar o abominável, deplorável, execrável e repulsivo condutor
morenopolitano: adote a direção defensiva e compre um tanque de guerra. Mas
dirija com cuidado e não beba antes de dirigir.
Luca Maribondo
campo Grande |MS | Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário