segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Apenas blábláblá


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Assédio é vocábulo castrense e denomina, segundo o Dicionário Houaiss, operação militar, ou mesmo conjunto de sinais ao redor ou em frente a um local determinado, estabelecendo um cerco com a finalidade de exercer o domínio. Hoje, na linguagem politica e estupidamente correta, de acordo com o mesmo léxico, significa insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém.

Essa questão do chamado assédio machista ganhou enorme repercussão em dias recentes por conta de entrevista concedida pelo ator Vin Diesel à jornalista brasileira Carol Moreira. Veículos de comunicação brasileiros criticaram o astro dos filmes de ação, que dirigiu elogio e cantada à entrevistadora —o mimimi foi grande e muitos disseram que a postura do Diesel foi “constrangedora”, “bizarra” e outros adjetivos que tais.
Inúmeros veículos de comunicação do mundo inteiro ainda notaram que Vin Diesel está há muitos anos em um relacionamento com a modelo Paloma Jimenez e tem três filhos com ela. No Brasil não foi diferente. Nas redes sociais principalmente o falatório foi muito grande, como sói acontecer em sites como Whatsapp, Facebook, Linkedin e outros.
Conforme se viu em todo canto, a jornalista Carol Moreira andou reclamando por ter sido supostamente assediada por Diesel. Ele realmente foi um tanto grosseiro, mas nada que merecesse todo o consequente mimimi. Porém, as feministas armaram uma enorme batalha campal de argumentos favoráveis a Moreira e contrários a Diesel.
Pessoalmente, eu não sei quem é Carol Moreira. Nunca havia ouvido falar nela antes do ocorrido entre ela e ator de 49 anos. Mas, enfim… Depois li em alguns lugares que ela era pró-Dilma Rousseff e que andou revoltadíssima contra o impeachment, que também chamou de golpe no começo de 2016. Aí acendeu meu sinal de alerta: temos alguém que pratica o padrão dúplex, incoerente. Madame Moreira não é diferente.
Sou daqueles que pensam que mulheres têm o direito de fazer qualquer coisa na vida, inclusive assediar os homens ou se vestir da forma mais ousada possível, sem sofrer assedio ou retaliações. Mas as feministas estão exagerando –extrapolando de tal modo que acabarão por exacerbar a ginofobia (ou ginecofobia), isto é, repulsa, aversão ou medo doentio à mulher, de um lado; e a androfobia, ou o temor mórbido e horror ao sexo masculino, do outro lado.
Carol Moreira, a assediada

Masculinismos e feminismos à parte, estamos mesmo chegando a um ponto perigoso. Homens e mulheres, que deveriam cada vez mais se aproximar, estão se transformando em inimigos naturais, tais como rato e gatos, gatos e cães. Talvez seja melhor separar ambos, como se fossem espécies distintas. Talvez seja melhor criar regras e regulamentos proibindo homens de se aproximarem das mulheres e vice-versa. Aliás seria ótimo se fosse erguida uma barreira separando os homens das mulheres em todo o mundo—homens no norte do planeta e mulheres no sul. Homens e mulheres se tornariam homossexuais naturais e por vias genéticas seriam machos e fêmeas humanos transgênicos. Simplificando, seres andróginos ou hermafroditas.
Mas o que sobrou do entrevero Moreira/Diesel?... Apenas blábláblá.

Luca Maribondo

Campo Grande | MS | Brasil

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